Amados irmãos e irmãs,
Nesta terceira edição de nosso Boletim Paroquial quero refletir dois grandes dons ofertados por Deus Pai a todos nós: o Mistério Pascal de Jesus Cristo – celebrado neste mês de abril –, e a participação objetiva de Maria na plenitude da História da Salvação – celebrado no mês de maio próximo.
Aparentemente parecem ser dois temas distintos e até autônomos... Contudo, analisando de perto a missão de Jesus Cristo, como Enviado do Pai para nos redimir, isto é, nos salvar, compreendemos que Maria faz parte integrante e essencial também desse mistério salvífico realizado de uma vez por todas na Cruz. Aliás, já dizia um teólogo moderno – Raniero Cantalamessa – que “Maria está presente em cada um dos três momentos constitutivos do mistério cristão: Encarnação, Mistério Pascal e Pentecostes” (in Maria um espelho para a Igreja, p. 85). Nesse sentido, Maria está presente no Mistério Pascal num lugar muito importante: aos pés da cruz redentora. Para alguns Padres da Igreja primitiva esse não era somente o instrumento da paixão e morte de Jesus, seu filho, mas uma antecipação da definitiva glória do Senhor, uma antecipação da ressurreição que comemoramos na Vigília Pascal, na noite santa do Domingo da Ressurreição. Maria está presente em todos os atos de Jesus, não apenas porque Ela é sua Mãe, mas antes de tudo, porque ela é sua primeira Discípula, como assim falava Santo Agostinho...
A celebração da Semana Santa, a “Grande Semana”, a semana mais importante do ano, é para todos nós cristãos um momento estupendo de renovação de nossa fé e esperança nAquele que venceu o pecado e saiu vitorioso da morte. Ou como dizia São Paulo (cf. 1Cor 15,54-55): “A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?”. Para o Apóstolo dos Gentios, é a certeza dessa vitória, isto é, a fé, que dá a todos nós a força para progredir na vida cristã, como ele completa no mesmo lugar (v. 58): “Assim, irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, cientes de que a vossa fadiga não é vã no Senhor.”
Convido todos vocês, caríssimos irmãos, a participarem com zelo, devoção e num espírito de verdadeira contrição das festividades pascais. Como eu venho dizendo nas celebrações dominicais ao longo da Santa Quaresma: a grande meta que nos foi dada por Cristo é a vitória da Páscoa – a Vida Eterna, por assim dizer – portanto, preparemo-nos dignamente no caminho da conversão, para que também nós experimentemos em nossas vidas os sinais da Ressurreição!
Maria nos aponta a direção correta: a configuração de nossas vidas ao Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de seu Filho, Jesus Cristo. Ela é a “pura Cordeira”, no dizer do Bispo Melitão de Sardes (séc. II), pois também ela “bebeu até o fim o cálice da paixão” da mão do Senhor... Lembremos da profecia de Simeão (cf. Lc 2,33-35)! Porém, mereceu ela também ser a Filha Primogênita na ordem da Salvação operada por seu Filho. Ela, a Mulher da Fé, a Serva Fiel e Prudente, nos ensina que o caminho da Salvação passa pela obediência da Cruz, ainda que seja no silêncio do sacrifício produzido pela fé e não no barulho mundano do desespero...
Que o mês de abril nos abra os olhos para o inefável e sublime Mistério da Páscoa e que o mês de maio nos convide a venerar aquela que hoje é o “Tipo” – modelo perfeito – de todo cristão!
Festejemos com alegria o “Sol nascente que das alturas nos veio visitar” (cf. Lc 1,78-79), Jesus Cristo, nosso Salvador! Ele que nos deu Maria por nossa mãe (cf. Jo 19,20)!
Que Deus abençoe a todos!
Pe. Manoel C. Viana Neto
Pároco
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Uma falha astronômica
Dom Aloísio Roque Oppermann |
Por estar fazendo uma pesquisa sobre o matrimônio, a qual envolve a colaboração dos meus leitores, recebi por parte de pessoa bem intencionada a apresentação de uma dúvida que merece consideração. Trata-se de ideia vicejando firme em nosso mundo moderno, convictamente freudiano. O sexo genital se tornou fonte de diversão barata, ao alcance de todos. Não há freios nem limitações, de maior porte, para mentes esclarecidas, libertas de culpas doentias. Fazer amor foi classificado como ocupação normal. A atividade sexual não deve despertar mais recalques e remorsos, dizem.
Será que o cristão pode se esquecer do que dizem as Sagradas Escrituras: "Nem os imorais, nem os adúlteros, nem os depravados...irão herdar o Reino dos céus" (I Cor 6, 9)? Embora tenhamos em nós a tendência forte de tudo erotizar, a moral cristã põe à nossa frente um grande ideal: fazer uso do direito ao sexo só dentro da vida de casados. É saber “guardar-se para a pessoa amada”. Dentro do matrimônio a sexualidade tem a bênção divina, e afina com nossa natureza. O Criador concedeu ao casal humano o prazer sexual para que homem e mulher se completem física e psicologicamente, e para que tenham prole.
Ora, o caro leitor nos pergunta se não é devido a essa convicção geral - atividade sexual fora do casamento - que caiu o interesse pelo sacramento do matrimônio? Se o sexo pode ser tranquilamente vivido antes do casamento, por que ainda se casar em público? Nesta circunstância, receber o sacramento de Cristo perdeu o interesse. Isso se chama secularização. É um rombo astronômico na nossa formação moral. O cristão que procura viver essa limitação é considerado um extraterrestre. Mas é preciso ao menos desconfiar dos dogmas do mundo moderno.
São Paulo nos alerta, com sabedoria: "Não vos conformeis com este mundo" (Rom 12, 2). O Criador, que nos programou, não nos faz exigências absurdas. Tenho visto, com clareza, que os namorados que vivem esse ideal [castidade] antes do casamento, também após a união são fiéis um ao outro. E temos a certeza, vinda de Cristo: quem vive a castidade tem gosto para a vida de oração. "Felizes os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5, 8).
Dom Aloísio Roque Oppermann scj
Arcebispo de Uberaba – MG
quinta-feira, 28 de abril de 2011
3ª Peregrinação Nacional das Famílias
Nos dias 28 e 29 de maio de 2011 ocorrerá em Aparecida-SP a 3ª Peregrinação Nacional das Famílias, promovido pela Pastoral Familiar, sob a orientação da CNBB.
O evento será realizado em DOIS dias, sendo o primeiro dia dedicado a apresentação de um workshop sobre o tema, onde ocorrerão apresentações e debates, durante o dia todo. No segundo dia todas as Missas do Santuário serão presididas por Bispos ou Cardeais.
Será um momento único, de celebrarmos a Família!
Nesse encontro estaremos também comemorando os 30 anos de publicação da Encíclica FAMIARIS CONSORTIO.Vejam o site: http://www.pfsul1.com.br/
Vaticanista: João Paulo II quis chamar-se Estanislau I
O vaticanista do jornal La Stampa, Marco Tosatti, assegurou que quando foi eleito Pontífice, o Cardeal Karol Wojtyla expressou seu desejo de chamar-se Estanislau I, como o santo padroeiro da Polônia, mas optou por João Paulo II para seguir a tradição romana.
No folheto “99 domande su Wojtyla” (99 perguntas sobre Wojtyla) editado para a próxima beatificação do Servo de Deus João Paulo II, Tosatti explica que o Papa queria adotar o nome do Estanislau para render homenagem a sua pátria. Entretanto, desistiu e escolheu João Paulo II, que reunia os nomes de seus três antecessores, João XXIII, Paulo VI e João Paulo I.
O folheto recolhe dados curiosos e histórias –várias inéditas- sobre o Pontificado de João Paulo II. Por exemplo, recorda que muitos dos presentes na Praça de São Pedro em 16 de outubro de 1978 pensaram que o novo Papa era africano porque seu nome soava voi-ti-wá.
Tosatti assegura que ao momento da eleição, João Paulo II já falava onze idiomas: polonês, eslovaco, russo, italiano, francês, espanhol, português, alemão, ucraniano e inglês, além de latim. Entretanto, antes de cada viagem tratava de aprender ao menos umas poucas palavras no idioma dos países que visitaria.
O folheto acrescenta que o Papa estava acostumado a ler as biografias dos Santos que ele mesmo tinha levado aos altares e que provavelmente sua favorita era a religiosa polonesa Faustina Kowalska (1905-1938).
No folheto “99 domande su Wojtyla” (99 perguntas sobre Wojtyla) editado para a próxima beatificação do Servo de Deus João Paulo II, Tosatti explica que o Papa queria adotar o nome do Estanislau para render homenagem a sua pátria. Entretanto, desistiu e escolheu João Paulo II, que reunia os nomes de seus três antecessores, João XXIII, Paulo VI e João Paulo I.
O folheto recolhe dados curiosos e histórias –várias inéditas- sobre o Pontificado de João Paulo II. Por exemplo, recorda que muitos dos presentes na Praça de São Pedro em 16 de outubro de 1978 pensaram que o novo Papa era africano porque seu nome soava voi-ti-wá.
Tosatti assegura que ao momento da eleição, João Paulo II já falava onze idiomas: polonês, eslovaco, russo, italiano, francês, espanhol, português, alemão, ucraniano e inglês, além de latim. Entretanto, antes de cada viagem tratava de aprender ao menos umas poucas palavras no idioma dos países que visitaria.
O folheto acrescenta que o Papa estava acostumado a ler as biografias dos Santos que ele mesmo tinha levado aos altares e que provavelmente sua favorita era a religiosa polonesa Faustina Kowalska (1905-1938).
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Papa explica objetivo e missão da vida cristã
O Papa Bento XVI falou sobre a Páscoa, coração do mistério cristão, na Catequese desta quarta-feira, 27.
Bento XVI indicou o objetivo e a missão dos cristãos: "fazer ressurgir no coração do próximo a esperança onde há o desespero, a alegria onde há tristeza, a vida onde há morte".
"A fé no Cristo ressuscitado transforma a existência, operando em nós uma contínua ressurreição", disse.
O Pontífice salientou que tudo começa a partir do fato de que Cristo ressuscitado dos mortos é o fundamento da fé. É da Páscoa que se irradia toda a liturgia da Igreja, que encontra nela conteúdo e significado. "A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração desse evento, mas é a sua atualização no mistério, para a vida de cada cristão e de cada comunidade eclesial, para a nossa vida", destacou.
"Como podemos então fazer tornar-se 'vida' a Páscoa? Como pode assumir uma 'forma' pascal toda a nossa existência interior e exterior? Devemos partir da compreensão autêntica da ressurreição de Jesus. [...] A ressurreição de Cristo é a via para uma vida não mais submetida à caducidade do tempo, mas uma vida imersa na eternidade de Deus. Na ressurreição de Jesus inicia uma nova condição do ser homens, que ilumina e transforma o nosso caminho de cada dia e abre um futuro qualitativamente diferente e novo para a humanidade inteira", ressaltou.
Se cada cristão e cada comunidade vive a experiência da passagem da Ressurreição, certamente será fermento novo no mundo. "Nós, cristãos, crendo firmemente que a ressurreição de Cristo renovou o homem sem retirá-lo do mundo em que constrói a sua história, devemos ser as testemunhas luminosas dessa vida nova que a Páscoa trouxe. A luz da ressurreição de Cristo deve penetrar este nosso mundo, deve chegar como mensagem de verdade e de vida a todos os homens através do nosso testemunho cotidiano", pediu.
Bento XVI indicou o objetivo e a missão dos cristãos: "fazer ressurgir no coração do próximo a esperança onde há o desespero, a alegria onde há tristeza, a vida onde há morte".
"A fé no Cristo ressuscitado transforma a existência, operando em nós uma contínua ressurreição", disse.
O Pontífice salientou que tudo começa a partir do fato de que Cristo ressuscitado dos mortos é o fundamento da fé. É da Páscoa que se irradia toda a liturgia da Igreja, que encontra nela conteúdo e significado. "A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração desse evento, mas é a sua atualização no mistério, para a vida de cada cristão e de cada comunidade eclesial, para a nossa vida", destacou.
"Como podemos então fazer tornar-se 'vida' a Páscoa? Como pode assumir uma 'forma' pascal toda a nossa existência interior e exterior? Devemos partir da compreensão autêntica da ressurreição de Jesus. [...] A ressurreição de Cristo é a via para uma vida não mais submetida à caducidade do tempo, mas uma vida imersa na eternidade de Deus. Na ressurreição de Jesus inicia uma nova condição do ser homens, que ilumina e transforma o nosso caminho de cada dia e abre um futuro qualitativamente diferente e novo para a humanidade inteira", ressaltou.
Se cada cristão e cada comunidade vive a experiência da passagem da Ressurreição, certamente será fermento novo no mundo. "Nós, cristãos, crendo firmemente que a ressurreição de Cristo renovou o homem sem retirá-lo do mundo em que constrói a sua história, devemos ser as testemunhas luminosas dessa vida nova que a Páscoa trouxe. A luz da ressurreição de Cristo deve penetrar este nosso mundo, deve chegar como mensagem de verdade e de vida a todos os homens através do nosso testemunho cotidiano", pediu.
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